No monturo, então, me vi, sem chão eu caminhei
O vento espalha minhas cinzas, sufoca-me assim
No deserto, eu já vivi, acostumado estou
A solidão adormeceu meus pedaços enfim
Nu saí do ventre
Voltarei assim!
Nu saí do ventre
Voltarei assim!
Abandonaram-me ao Sol escaldante para eu morrer
A luz cegava os meus olhos eclipsados para eu não ver
Me esqueci dentro da noite tão espessa quanto a dor
A escuridão emudeceu a vela e a flor
Nu saí do ventre
Voltarei assim!
Nu saí do ventre
Voltarei assim!